sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Árvore da Vida


por Luiz Noronha

Ambientado no Texas, o filme do cultuado diretor Terrence Malick certamente te fará pensar. E muito! Pode ser que ele te faça pensar na existência humana, na dor da perda, nos rumos que a vida pode te levar, no lanche que você vai comer depois do filme, nas tarefas rotineiras que esqueceu de fazer e até mesmo, por mais surpreendente que parece, leve a questionar se o filme que você está assistindo é realmente aquele que foi proposto.

Mesmo com um elenco de peso, Sean Penn e Brad Pitt, Árvore da Vida tem uma narrativa cansativa que conta a história de uma família que tem um pai (Brad Pitt) duro com a educação dos filhos, uma mãe carinhosa e angelical e dois filhos com personalidades singulares.

Confesso ter me esforçado para tentar tirar algo de profundo do filme, mas tudo me levou a crer que Malick, na tentativa de inovar na forma de desenvolver o filme, pareceu se perder no meio do caminho numa mistura de filme experimentalista e existencialista.

Ajude um ao outro. Ame a todos. Cada folha. Cada raio de luz. Perdoe.

Ao longo de 138 minutos em meio a essa loucura enfadonha que Malick propõe ao seu espectador, uma coisa que se salva no filme são as belas imagens que fazem referência a todo tipo de vida existente na Terra – desde o ser humano, passando pelas plantas e chegando ao ponto de colocar dinossauros (?!) na tela – dando ideia de um filme contemplativo. 


De fato não gostei nem um pouco do que vi e já fui acusado de insensível por isso. Com uma pretensão tamanha, Malick conseguiu fazer um filme controverso que apesar da chuva de críticas negativas que recebeu, emplacou a indicação ao Oscar 2012 de melhor filme. Talvez precisasse de mais sensibilidade, insanidade ou uma substância qualquer para que esse intragável filme se tornasse mais palatável. Quem sabe.

Duas indicações ao Oscar
*Melhor filme
*Melhor fotografia

4 comentários:

  1. "138 minutos e meio"? Parece que demorou umas 10 horas, isso sim! Estranhei o formato, claro, mas mesmo assim dei uma chance. Também não gostei. Fui daquelas que pensou um pouco na "origem e complexidade da vida", mas pensei muito mais na hora de chegar ao fim e de mostrar o algo a mais que eu não estava percebendo... Não mostrou.

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    1. Eu também fiz o mesmo esforço achando que no final algo faria algum sentido. Me dei mal..

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  2. Pensei em deixar um post em latim sobre a mitologia grega. Mas desisti. A seguir, assistam Chaves.

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