
Órfão, Hugo vive em uma estação de trem na cidade de Paris,
no início do século XX. Mesmo depois da morte do pai, ele continua empenhado no
projeto que os dois tinham juntos: consertar um autômato.
No começo, o filme assusta com uma narrativa lenta que chega
a entediar. A primeira sensação é de que serão longos 126 minutos de um menino
vivendo sozinho, movido por encontrar a chave que aciona o mecanismo do boneco
que representa a ligação entre ele o pai morto.
Mas, quando você menos espera, já está na pele de Hugo,
fugindo com ele do policial inspetor que aterroriza as criancinhas (Sacha Baron
Cohen – de “Borat”), torcendo pela
amizade dele com Isabelle (Chloe Moretz) e querendo que ele descubra, e te explique,
porque o autômato perturba tanto o senhor ranzinza, dono da loja de brinquedos
da estação de trem, Pappa George (Ben Kingsley).
As máquinas nunca têm peças sobrando. Elas têm o número e o tipo exato de peças que precisam. Então, eu imagino que, se o mundo inteiro é uma grande máquina, eu devo estar aqui por algum motivo. E isso quer dizer que você também deve estar aqui por algum motivo

O que encanta crianças – e adultos também – são as imagens. Eu
nunca vi um filme “tão 3D” na minha vida. De fato, terceira dimensão. E os
efeitos não são apenas adereços, compõem a trama também. Vale à pena pagar um
pouquinho mais para pode usar os óculos.
A trilha é genuína e presente. É escutar para lembrar da França.
Cumpre a função de ambientar o expectador e de sugerir o que ele deveria estar
sentindo.
Ah! E Scorsese faz uma participação no filme. Afinal, é cinema no
cinema.
O Scorsese aparece no filme?? Nem reparei!
ResponderExcluirAh, e eu devia ter pago pelos óculos, então, porque não vi nada de tão especial, a não ser a coincidência com o filme "O artista", que também fala de cinema no cinema. É um filme interessante, sim, mas parece que estamos com poucas opções para concorrer ao Oscar! Aliás, eu devo mesmo é não entender de filme, porque o "Onde os fracos não têm vez" (Oscar de Melhor Filme em 2008) teve minha reprovação total!
O Scorsese aparece, Thaís. Rapidamente, mas aparece.
ResponderExcluirE sim, semelhança total entre Hugo Cabret e O Artista - ambos falando do cinema, mas em linguagens completamente diferentes. Eu, particularmente, acho que O Artista será o grande campeão desse ano. Até porque, como vc falou, entre os filme indicados, nenhum abala corações. Quer dizer, O Artista abalou o meu, mas eu sou suspeita - sou encantada com era muda do cinema.
Hugo é um filme visualmente lindo! Scorcese realmente pensou o filme em 3D, usando a tecnologia com boa fé - e não nos vendendo expectativas como vínhamos acompanhando os filmes em 3D desde então.
ResponderExcluirQuando coloquei os óculos e fiz o tour na estação de metrô, logo no início do filme, pensei: "é... sou um dos expectadores dos Lumiére, fugindo para não ser atropelada pelo trem".
Melhor que metalinguagem é ver a história do cinema sendo escrita!