domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Homem que Mudou o Jogo


por Luiz Noronha

O beisebol é o esporte que conduz essa produção que tem Bennett Miller na direção. Certamente esse não é o esporte mais popular no Brasil, mas ao contrário do que os críticos norte-americanos dizem, essa é sim uma história sobre beisebol.

Um modesto time de beisebol de Oakland surpreende a liga de beisebol norte-americana (MLB, sigla em inglês) ao bater o recorde de vitórias consecutivas. Esse feito só é possível depois que o diretor geral do time, Billy Beane (Brad Pitt), decide inovar na forma de contratar seus jogadores fazendo uso de uma complexa teoria que alia fórmulas matemáticas a característica de cada jogador.

Ao longo de todo o filme, o diretor Billy – que quando jovem foi apontado por olheiros como uma promessa do beisebol – busca uma maneira eficiente de montar um time e vê no jovem Peter Brand (Jonah Hill) um parceiro para concretizar esse desejo.

O diretor Bennett Miller até tenta extrapolar a discussão que seu filme pode levar, porém o que fica mesmo é que para se vencer e mudar o velho modelo de operação, tem que ter uma liderança forte que acredita em suas ideias, além de envolvimento e espírito em equipe. Nenhuma “lição” a mais.

Ao longo de mais de duas horas de filme, num ritmo pastoso que se não tomar cuidado corre-se facilmente o risco de cochilar, a boa atuação de Jonah Hill surpreende. Apesar do roteiro ser interessante, o filme não consegue causar empatia. E fica o lembrete de não dormir na sessão.

Seis indicações ao Oscar
*Melhor filme
*Melhor ator - Brad Pitt
*Melhor ator coadjuvante - Jonah Hill
*Melhor edição
*Melhor mixagem de som
*Melhor roteiro adaptado

2 comentários:

  1. O legal é que o filme aparece nessa tendência de racionalização dos esportes, no uso de estatísticas de aproveitamento dos jogadores - sem ter que ficar contando com a genialidade de alguns atletas. O próprio Liverpool (sim, o time de futebol) tem apostado na ideia.
    Mas é aquilo: é um filme limitado. Ele pode falar da maximização e aproveitamento dos recursos, de liderança...mas dificilmente você vai voltar pra casa pensando nele.

    Ps.: Eu sei o que você quis dizer com cochilar no filme, haha

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    1. É isso mesmo. Um filme limitado, por mais esforço que façamos não dá pra sair disso.

      Pra cochilar no filme basta praticar a inércia.

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