por Luiz Noronha

É esse o ponto de partida dessa intensa história de amor
entre Roméo (Jérémie Elkaïm) e Juliette. Um casal que como outro qualquer
descobre que terão um filho e que a partir do nascimento dessa criança suas
vidas mudariam substancialmente.
Depois de perceberem assimetrias no rosto de Adam, seu filho,
e que ele apresentava retardo em andar, Roméo e Juliette decidem levar o menino
para fazer exames. Vem a constatação: Adam tem um tumor na cabeça. A vida tinha
dado um duro golpe aos dois. Assustados, o casal mobiliza toda a família em
busca de tratamentos para a cura de Adam. Quando a vida de um filho está em jogo,
nada mais é prioridade.
Por que isso aconteceu conosco? Porque somos capazes de superar isso.
A diretora francesa Valérie Donzelli (que também interpreta
a protagonista Juliette) faz o que muitos cineastas já fizeram e transporta
para tela suas experiências pessoais. Ou pelo menos parte delas. Numa mistura
de fatos reais e ficção, Donzelli imprime com destreza sua marca na condução da
história.

Esta brilhante produção francesa impressiona pela
simplicidade em se contar uma história que poderia apenas fazer chorar e que
vai muito além disso. Na verdade é impossível não pensar em temas como morte, vida
e o quanto se pode ser forte em uma situação adversa envolvendo um filho ou uma
pessoa próxima. O que fica é a dilaceração do ser humano e a vulnerabilidade de
todos. É preciso superar esses obstáculos e ninguém disse que seria fácil. Por
isso, a guerra está declarada.
Gostei de como a diretora apresentou o drama.
ResponderExcluirAo se conhecerem e revelarem seus nomes, Roméo pergunta:
- Estaremos fadados a um destino terrível?
A questão pode levar o expectador a esperar por uma narrattiva densa, antecipada pela sinopse. Mas não. É um problema difícil, indiscutivelmente. Só que é um drama vivido por jovens - e o filme toma esse tom.
E o final...bem, é um final de Romeu e Julieta. E um grande amor.
É esperançoso o filme ne?! Bem bacana..
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